Crime da 113 Sul: juiz envia pedido de prisão de Adriana Villela para análise do TJDFT
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Adriana Villela no 4º dia de julgamento em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução O juiz Paulo Rogério Santos Giordano, do Tribunal do Júri de Brasília, decidiu enviar ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal o pedido de prisão de Adriana Villela, condenada em 2019 pelo assassinato do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; da mãe, Maria Villela; e da funcionária da família, Francisca Nascimento. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O pedido foi feito no dia 23 de setembro por assistentes de acusação no processo sobre o crime da 113 Sul. Ao longo do processo, a defesa tem sustentado que Adriana Villela é inocente (veja detalhes abaixo). Decisão Na decisão, o magistrado considerou que a análise desse tipo de pedido cabe ao TJDFT, que ficou responsável pela deliberação de recursos no processo. Ele entendeu que há precedentes também no Superior Tribunal de Justiça que recomendam o envio do requerimento nestas situações ao tribunal de segunda instância. Giordano concluiu que o tema não pode mais ser decidido pelo Tribunal do Júri, já que "restou exaurida a sua jurisdição após a sentença proferida em plenário". No pedido de execução provisória da pena, que agora seguirá para o TJDFT, os advogados argumentam que, embora no caso do crime da 113 ainda existam recursos pendentes no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no próprio Supremo, o cumprimento da pena já é possível. "Não existe óbice [impedimento] para o início do cumprimento da pena fixada contra a ré uma vez que o crime cometido é um dos mais notórios do país e a ré é a única dos condenados pela bárbara chacina que ainda está em liberdade apesar de decorridos 15 anos da ocorrência", sustenta a defesa. Defesa de Adriana Villela Ao longo do processo, a defesa tem sustentado que Adriana Villela é inocente. No julgamento, afirmaram que a condenação ocorreu sem provas da participação dela. Em segunda instância, a defesa voltou a declarar que ela não cometeu crime. No recurso ao STJ, a defesa de Villela argumentou que a condenação dela ocorreu sem a devida comprovação de autoria do delito e que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova constante no processo. Pediram, assim, a anulação do veredito do júri. Crime e julgamento O processo na Justiça do Distrito Federal aguarda as decisões sobre os recursos nas instâncias superiores. Em 2019, Villela foi sentenciada a 67 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato das três pessoas. Em 2022, na segunda instância, o TJDFT negou o pedido para anular o julgamento e reajustou a pena estabelecida, que passou para 61 anos e 3 meses de reclusão e 17 dias-multa. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.