Alexandre de Moraes permite acesso de investigados ao inquérito das 'fake news'
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu o acesso de investigados ao inquérito que apura ameaças a ministros da Corte e a disseminação de conteúdo falso na internet, o chamado inquérito das "fake news". As decisões foram tomadas na sexta-feira (29) e nesta segunda (1º), mas pulgadas somente nesta terça (2) pela assessoria do STF. Nesta segunda-feira, advogados de alguns investigados acionaram o STF argumentando que não tinham tido acesso ao inquérito. Moraes permitiu acesso aos advogados de investigados entre os quais o ministro da Educação, Abraham Weintraub; a deputada Carla Zambelli (PSL-SP); Reynaldo Bianchi Júnior, Allan Lopes dos Santos, Bernardo Kuster, Edgard Corona, Luciano Hang, Marcos Domingues Bellizia e Otavio Oscar Fakhoury. No último dia 27, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no inquérito. Foram alvos alguns aliados do presidente Jair Bolsonaro. Todos negam irregularidades. Acesso ao gabinete Pelas decisões de Moraes, os advogados poderão ter acesso integral às investigações, mas, como o processo tramita em sigilo, as defesas vão precisar agendar acesso no gabinete do ministro. Será fornecida, então, uma cópia digitalizada, com marca d'água, capaz de identificar quem recebeu a mídia. "Em razão do caráter sigiloso destes autos, a vista deverá ser previamente agendada junto ao Gabinete e será realizada através do fornecimento de cópia digitalizada, com aposição de marca d´água identificando o destinatário, que deverá manter o sigilo", decidiu o ministro.
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